
Superlotação da casa de detenção é o dobro do permitido e dívida com Dmae chega a 100 milhões
Há dez anos, o Presídio Central de Porto Alegre foi considerado o pior do Brasil durante uma investigação conduzida na Câmara de Deputados dentro da CPI do Sistema Carcerário. Atualmente, a situação não é muito melhor. Com capacidade para 1,8 mil detentos, a casa penitenciária abrigava mais de 4,6 mil em 2016, de acordo com dados da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). O órgão justifica que a superlotação é observada no Rio Grande do Sul como um todo.
Os problemas de um presídio superlotado refletem nas contas públicas, no desperdício de recursos e nas condições de saneamento básico dos presídios. Em agosto de 2017, por exemplo, a Gaúcha noticiou que a dívida do Central com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) chega a mais de R$111 milhões. A Susepe confirmou a dívida e salientou que os gastos com a conta de água da casa penitenciária custam R$1,1 milhão mensais. A superintendência atrela o alto consumo à estrutura antiga da edificação e admite publicamente que o local tem vazamentos. O veículo apresentou, então, um levantamento que se cada um dos 4.670 presos “tivesse direito à tarifa social, com consumo de 10 m³ de água e esgoto, o custo mensal cairia dos atuais R$ 1,1 milhão para R$ 109.278,00, cerca de 10% do valor pago”.
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Via Aguá Pra Quem