Após a Vara de Execuções Criminais (VEC) determinar a interdição do Presídio Central de Porto Alegre, por 15 dias, em função do avanço do coronavírus, o presidente da Amapergs Sindicato, Saulo Felipe Basso dos Santos, reafirmou a preocupação da entidade com o avanço da COVID-19 nas demais casas prisionais e reitera medidas que podem ser tomadas como forma de evitar a disseminação, as quais já foram sugeridas ao Governo do Estado no início deste ano.
A entidade representa cerca de 7 mil servidores penitenciários do Estado que atuam em 150 casas prisionais no Estado onde estão em torno de 40 mil apenados. O servidores penitenciários só não estão no Presídio Central de Porto Alegre e na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), as quais estão sob a responsabilidade da Brigada Militar.
“Nós, da direção da entidade que representa os servidores penitenciários, estamos, por óbvio, bastante preocupados e apreensivos com a dimensão que está tomando a contaminação pela COVID-19 no sistema prisional”, destacou o presidente Saulo Felipe Basso dos Santos.
Ainda em março desse ano, a Amapergs Sindicato encaminhou para o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seapen), ofício sugerindo medidas como forma de tentar barrar a entrada do novo coronavírus nas casas prisionais. As medidas envolviam suspensão imediata das visitas, de entrada de sacolas, de novos detentos, entre outras.
“No início do ano já alertávamos sobre esse problema. Todos os servidores penitenciários têm o mesmo problema das outras pessoas. Muitos residem com pais idosos, com filhos, netos, e convivem com familiares com problemas crônicos de saúde. Estamos muito preocupados com essa situação”, ressaltou Saulo.
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