Após reunir mais de 30 delegados sindicais de todo o Rio Grande do Sul recentemente, a Amapergs Sindicato realizou encontro com delegados sindicais de Porto Alegre. A reunião, que ocorreu nesta quarta-feira (22/12) a tarde, faz parte de uma série que serão promovidas. Nos próximos dias, o Sindicato fará audiência com delegados da grande Porto Alegre, de casas prisionais localizadas em Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Canoas, Gravataí, Montenegro e do Complexo PECAN. As reuniões com delegados sindicais têm mostrado consenso que se o Palácio Piratini não atender as demandas da categoria, cresce indicativo de greve entre os servidores penitenciários em 2022.
“Os delegados têm trazido para a direção do Sindicato uma visão bem crítica do Governo do Estado e que só com greve será possível equacionar e fazer o Executivo ceder e atender as nossas reivindicações. De acordo com o que a entidade tem colhido da categoria nessas conversas com a base, por intermédio dos delegados sindicais, somente com greve o Governo vai se sensibilizar com as questões postas pelos servidores penitenciários”, destaca o presidente da Amapergs Sindicato, Saulo Felipe Basso dos Santos.
Conforme o dirigente, é possível que, já na próxima Assembleia Geral da categoria, no início de 2022, ocorra deliberação por decretar uma robusta greve em todo o RS.
Entre as demandas dos servidores penitenciários está a recomposição das perdas inflacionárias, aumento das vagas por classes – situação que está impedindo a promoção de colegas – e a própria solução das promoções, que também precisam avançar. Além disso, a categoria reivindica com urgência a regulamentação da Polícia Penal no RS, que tramita lentamente na Assembleia Legislativa, bem como a manutenção da carga horária sem qualquer alteração. O tema que está sendo discutido em um Grupo de Trabalho no âmbito da SJSPS. No entanto, os servidores penitenciários são frontalmente contrários à qualquer alteração na carga horário e não aceitarão mudanças nesse quesito.